quinta-feira, 20 de outubro de 2011

conclusões

No instante em que o futebol conheceu a narração esportiva, houve o encontro de dois espetáculos. Nascidos da elite em seu início, o rádio e o futebol, caíram rapidamente nas graças do grande público. A rádio Panamericana, “A Emissora dos Esportes”, a partir de 1965, com a direção de Antonio Augusto do Amaral o “Tuta”, tornou-se Jovem Pan e contribuiu significativamente para a consolidação do rádio esportivo com novidades dentro da cobertura esportiva.
O Show de Rádio e o Terceiro Tempo, são exemplos de inovação e sucesso da emissora. Utilizando-se de personagens caracterizados de torcedores dos principais clubes de São Paulo, o Show de Rádio produzido pelo genial Estevam Sangirardi, fez grande sucesso junto aos ouvintes que compareciam aos estádios ou ouviam os jogos de casa. O programa diferenciava-se dos outros se utilizando de um humor respeitoso e na medida certa, porém não se eximia da informação.  Repetindo gols e jogadas das partidas. O Terceiro Tempo valorizou o pós-jogo dentro do plantão esportivo. O apresentador de estúdio no caso Milton Neves, passou a comandar as ações da equipe dentro da praça esportiva. Cobertura de vestiários entrevistas com jogadores e dirigentes, classificação e resultados de jogos, ganharam grande espaço neste formato de programa bastante ágil e interativo. 
Na rádio Excelsior, atual CBN, Osmar Santos foi o escolhido para comandar o mais crítico e variado programa do rádio esportivo brasileiro, o Balancê. Com uma equipe criativao Balancê, não parecia em nada os outros programas do mesmo segmento. Foi referênciapara a história do rádio esportivo brasileiro, numa época em que os jornalistas esportivos eram muito mais combativos no exercício da sua profissão.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

valor ofertado x valor percebido dos produtos esportivos

Segundo KOTLER (2006:43) “Marketing é um processo social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam ou desejam por meio da criação, da oferta e da livre troca de produtos e serviços de valor com outros”. 
O valor de um produto  sobre a ótica do Marketing é a expectativa do consumidor quanto aos seus benefícios em relação `a quantia real paga pelo produto. Temos então a relação Custo x beneficio ou em termos acadêmicos Valor Ofertado x Valor Percebido. O valor percebido pelo cliente é a diferença entre avaliação que o cliente potencial faz de todos os benefícios e custos relativos a um produto ou serviço e as alternativas percebidas.
Exemplo: uma Ferrari F50 edição especial oferecida para um cliente a 50.000 reais é muito barata mesmo o cliente não dispondo desta quantia ele sabe que o valor ofertado deveria ser muito maior do que este.  Neste caso o valor ofertado está muito acima do valor percebido já que uma Ferrari como esta custa em média 570 mil dólares.
A aquisição de um determinado bem depende de a pessoa ter o montante cobrado disponível  e de ela achar compensatório o preço proposto pelo vendedor. As camisas dos clubes brasileiros diferem seus valores umas das outras levando em conta os direitos de royalties  dos fabricantes do material esportivo.
Inicialmente parece simples entender por que um torcedor deseja vestir a camisa de seu time do coração. Por um lado há a paixão clubistica um espaço para se criar identidade  com torcedores do mesmo time e s e opor aos adversários. Por outro lado temos a idéia de que ao usar - mos a camisa do time estamos vestindo a peça igual a que seu ídolo utiliza em campo remetendo a idéia de simulacro.
As camisas oficiais dos clubes criam a ilusão de que o torcedor pode vestir o mesmo uniforme envergado pelos atletas  no campo de jogo, podendo até personalizar sua camisa como nome e numero. A compra de uma camisa oficial é a forma de o torcedor sentir  parte envolvente de uma comunidade  pois alem de tudo colabora com as finanças do clube. 
A dificuldade em se trabalhar com o valor percebido das camisas dos times de futebol tem a ver com o fato de que o torcedor sabe que o dinheiro proveniente da venda dessas camisas será administrado  em parte pela diretoria de SeUS clubes sendo assim imaginam que o dinheiro da venda de camisas não será usado de forma eficiente em beneficio do clube devido a desorganização e ausência de planejamento.
Dada a heterogeneidade de torcedores consumidores  no país inteiro seria possível oferecer diferentes artigos licensiados a públicos mais segmentados em que preço e qualidade competissem  em faixas próprias resolver – se - ia assim a questão do valor ofertado permitindo o consumo de produtos oficias por parte de pessoas de maior e menor renda. 
        

sábado, 8 de outubro de 2011

criando raízes


 Não tenho dúvidas que a copa no Brasil será considerada a mais importante de todas. A cobertura dada pela imprensa internacional será enorme. Afinal estarão todos no país do sol, do carnaval, das paisagens exuberantes, da simpatia e do futebol. Serão 24 horas dedicadas ao torneio e com uma programação toda ela focada neste grande evento. A mobilidade das transmissões na copa de 2014 será segundo o jornalista Bruno Rodrigues do webinsider e da revista webdesign importantíssima. Novos rostos surgirão e a programação fazendo uso de artistas convidados para comentarem os eventos será habitual é o que diz o jornalista Mario Lima Cavalcanti fundador do JW (site jornalistas da web). Ele ainda completa que a narração e o ângulo de cada espectador representarão um diferencial nunca visto que talvez só se compare aos detentores das transmissões especiais.
Espera-se que os investimentos feitos criem raízes e sejam aproveitados pelos brasileiros pós - copa. Melhoria nos transportes e tolerância zero com a criminalidade seria algumas das medidas que devem ser tomadas nas grandes cidades do país. Preocupante é o que diz respeito ao desvio de verba pública que provavelmente ocorrerá para a reforma de grandes estádios. Só na Bahia segundo Beatriz Garcia do jornal A Tarde o governo deve investir quase R$ 10 bi em infra - estrutura. A criação de novos empregos será fundamental e importantíssima. As empresas devem aproveitar este período e entrar no clima da copa o que aumentará as vendas. A visibilidade que uma copa do mundo traz é muito grande. Não somente segmentos relacionados ao futebol devem se lançar ao mercado neste período.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

criando mitos

Com a transformação do esporte em fenômeno midiático, percebemos todo e qualquer jogador como um produto em potencial que vai atingir algum público alvo e se tornar um garoto propaganda. A mídia, cada vez mais influencia no espetáculo esportivo. Não é a toa que a copa do mudo é o evento mais assistido do mundo, o futebol é um esporte televisivo. A presença da televisão é fundamental para o sucesso do esporte. 
O futebol alimenta o imaginário do torcedor que através da mídia, se identifica com o jogador, o idolatra, construindo os mitos. A mídia e o esporte trabalham muito bem a formação e destruição do mito. A mídia tem a necessidade de produzir novas mercadorias. Por tanto, cria mitos, pessoas que tem uma aparência comum, de origem nas camadas populares que tem no esporte uma capacidade de ascensão social gerando o consumo. As grandes corporações passaram a investir no futebol, os craques do campo viravam garotos-propagandas de cigarros, bebidas, etc. A afirmação do brasileiro João Havelange quando assumiu a presidência da FIFA, resume bem o que o futebol se tornava: “Vim para vender um produto chamado futebol.” Demonstrando que o esporte se tornou um fenômeno midiático.

reflexão sobre o texto de 
Filipe Fernandes Ribeiro Mostaro
  






terça-feira, 4 de outubro de 2011

chutando pra fora

Os equívocos do Jornalismo Esportivo Brasileiro

O jornalismo esportivo, embora represente espaço privilegiado em nossa mídia, não se caracteriza pela excelência profissional, nem se projeta como uma experiência madura do “fazer jornalístico”. Provavelmente, essa observação pode ser estendida a outros campos do jornalismo; logo não estamos, preconceituosa e irresponsavelmente, concluindo, a partir dela, de que, ao tratar o jornalismo esportivo, estamos nos reportando a um campo menor, menos relevante da atividade jornalística.
O esporte é um elemento fundamental para os cidadãos, para o Estado e para as comunidades. Se, no caso brasileiro, os clubes e as federações estão, por ai, correndo o pires, não é porque não haja audiência ou perspectiva de lucro. O esporte brasileiro mobiliza milhões de telespectadores numa decisão de campeonato nacional, numa copa do mundo, numa corrida de Fórmula 1.
O primeiro aspecto a ser considerado é o próprio ambiente em que o esporte se realiza contaminado pela ânsia do lucro, pela ambição política, pela promoção pessoal e pela falta de profissionalismo, no que se refere aos gerentes do negócio comumente conhecidos por cartolas. O esporte não pode, sob nenhuma hipótese, ser visto como uma atividade imune à ação de outros interesses ou aspectos porque com isso, ele se descontextualiza e, certamente, fica difícil entender por que algumas coisas nele ocorrem.
A desorganização e a evidente falta de seriedade afastam patrocinadores, desestimulam os veículos porque no Brasil, não é possível praticar um calendário que seja efetivamente obedecido, o que torna inviável programar o espetáculo.
O marketing esportivo, tão festejado em outros países, como forma eficiente de promoção do esporte, assume no Brasil, por todos esses motivos, um caráter pejorativo pela visão estreita dos dirigentes ou de muitos profissionais que almejam lograr o publico. Como o negócio do esporte é altamente lucrativo, a mídia brasileira dele se apropria, interferindo, dramaticamente, em sua realização. O torcedor e os atletas são obrigados a se sujeitar a horários inadequados. Outros fatores que penalizam a qualidade da cobertura esportiva precisam ser apontados, como a ausência de estrutura nas redações e a omissão dos veículos e dos cursos de jornalismo na formação de profissionais capacitados na área esportiva. O profissional do jornalismo esportivo é muitas vezes um autodidata, seja pela falta de investimentos dos veículos, seja pela omissão dos cursos de jornalismo e de entidades vinculadas ao esporte.
 reflexão sobreo o texto de Wilson da Costa Bueno

terça-feira, 30 de agosto de 2011

eu quero a gorduchinha

Este blog é a favor de que a bola da Copa do Mundo em 2014 no Brasil seja chamada de "gorduchinha".
Seria uma linda e justa homenagem ao grande locutor Osmar Santos o "Pai da Matéria", que eternizou o bordão "pimba na gorduchinha" em suas narrações emocinantes no rádio e na tv.
Sempre muito criativo, Osmar criou também outros bordões inesquecíveis e que perduram na mente do torcedor brasileiro até hoje como: "Ripa na chulipa", "Um prá lá dois prá cá", "é fogo no boné do guarda", "Sai daí que o Jacaré te abraça, garotinho", "No carocinho do abacate" , "ai garotinho", "vai garotinho porque o placar não é seu" além de uma das narrações de gol mais marcantes do rádio brasileiro "Eeeeeeeeeee queeeeeee GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL".
Foi Osmar também quem criou a expressão "Animal", que melhor representou o jogador Edmundo, terminando como sua marca registrada.
As duas redes sociais mais populares do momento (Twitter e Facebook) têm papel fundamental para que a campanha ganhe corpo e chegue aos olhos daqueles na Fifa que decidem sobre o assunto. André Voltarelli e Mariangela Ribeiro são responsáveis por elas. Os endereços são:
Facebook - https://www.facebook.com/OsmarSantos2014 (basta clicar em curtir ou like)


abraços e boa terça - feira aos amigos!



terça-feira, 9 de agosto de 2011

ele

Aos 80 anos nos deixou ontém dia 8 o histórico narrador esportivo Walter Abrahão.
Walter após 30 dias de internação no Hospital Nove de Julho na capital paulista, não suportou as complicações decorrentes de um câncer pulmonar que o acometia nos últimos anos.
Casado com Laura Balsamo Abrahão , também falecida de câncer em 2009, o casal teve três filhos Thalita, Walter e Marcelle.
Paulista de Piraju , Walter Abrahão chegou em São Paulo no ano de 1950, ingressando na Faculdade de direito do Largo São Francisco, se formando em 1958 com a maior turma já formada na escola até hoje.
Sua vida artística-radiofônica teve início na Rádio Difusora Noroeste de Promissão onde, com 16 anos, fez sua primeira narração de futebol. Ainda teve também breve passagem pela Lins Rádio Clube. Vindo para São Paulo em 1950, trabalhou na Rádio Cruzeiro do Sul, ingressando finalmente nas Emissoras Associadas de São Paulo.
Ele participou da transmissão de cinco copas do mundo (Copa de 1962 – Chile, Copa de 1966 – Inglaterra, Copa de 1970 – México, Copa de 1974 – Alemanha, Copa de 1978 – Argentina, Copa de 1986 – México), exercendo sempre a função de chefe de equipe.
Em 1963, Walter Abrahão foi o criador do chamado "bi-lance" que três anos depois, na Copa da Inglaterra, foi mostrado ao mundo, pela TV inglesa, o famoso "replay", que nada mais era do que o "bi-lance" de Abrahão.
Ele também foi o criador da "escolha do melhor em campo" com premiação, do sistema de jogo de vôlei sem vantagem, com contagem direta e do jargão "oxo", se referindo a uma partida empatada em zero a zero.
Participou do pool de TVs que transmitiu a Copa do Mundo de 1970.
Alternavam-se Oduvaldo Cozzi e Walter Abrahão (ambos da TV Tupi); Geraldo José de Almeida (Globo) e Fernando Solera (Record e Bandeirantes). Os comentaristas eram Rui Porto, João Saldanha e Leônidas da Silva.
Para Walter Abrahão, Pelé era de outro mundo chegando até mesmo a negar sua existência.
Pelé era "ele". Era desse modo que Walter narrava quando Pelé pegava na bola:  Ele. “A bola está com Ele.”
Walter foi eleito vereador de São Paulo, em 1988, e exerceu dois mandatos. Também foi presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo de 1997 a 2001.
Seu corpo foi velado na Câmara Municipal de São Paulo, e levado posteriormente ao Cemitério da vila Mariana onde foi sepultado.

boa terça feira aos amigos! abraços

Abaixo um trecho programa Loucos por Futebol transmitido pela ESPN Brasil em 2010 uma das últimas apariçoes de Walter na televisão.



Abaixo, os três quase gols mais famosos de Pelé na Copa de 1970: a tentativa do meio-campo contra a Tchecoslováquia, o chute de primeira na reposição do goleiro Mazurkiewicz, contra o Uruguai, e o drible da vaca sobre o mesmo camisa 1. As narrações são de Luís Noriega (contra a Tchecoslováquia), Oduvaldo Cozzi (primeiro lance contra o Uruguai) e Walter Abrahão (segundo lance contra o Uruguai). A de Luís Noriega foi feita pela TV Cultura posteriormente ao evento, provavelmente em 1974, quando foram adquiridos os teipes coloridos dos shows brasileiros. As outras são da época, apenas sincronizadas com as imagens em cores. Gravado do Grandes Momentos do Esporte, da TV Cultura, em junho de 2005.


Mesa Redonda da TV Tupi em 1971: José Roberto Ramos, Gerdy Gomes, Gerson Araújo, Geraldo Bretas, Walter Abrahão, Leivinha, Walter Lacerda e Garcia Gambeiro, ex-colunista do Popular da Tarde.

Walter Abrahão, à esquerda, e Paulo Machado de Carvalho, à direita, juntos, em 17 de dezembro de 1970.






créditos: espnbrasil.com.br / miltonneves.com.br / folha.com.br

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