terça-feira, 4 de outubro de 2011

chutando pra fora

Os equívocos do Jornalismo Esportivo Brasileiro

O jornalismo esportivo, embora represente espaço privilegiado em nossa mídia, não se caracteriza pela excelência profissional, nem se projeta como uma experiência madura do “fazer jornalístico”. Provavelmente, essa observação pode ser estendida a outros campos do jornalismo; logo não estamos, preconceituosa e irresponsavelmente, concluindo, a partir dela, de que, ao tratar o jornalismo esportivo, estamos nos reportando a um campo menor, menos relevante da atividade jornalística.
O esporte é um elemento fundamental para os cidadãos, para o Estado e para as comunidades. Se, no caso brasileiro, os clubes e as federações estão, por ai, correndo o pires, não é porque não haja audiência ou perspectiva de lucro. O esporte brasileiro mobiliza milhões de telespectadores numa decisão de campeonato nacional, numa copa do mundo, numa corrida de Fórmula 1.
O primeiro aspecto a ser considerado é o próprio ambiente em que o esporte se realiza contaminado pela ânsia do lucro, pela ambição política, pela promoção pessoal e pela falta de profissionalismo, no que se refere aos gerentes do negócio comumente conhecidos por cartolas. O esporte não pode, sob nenhuma hipótese, ser visto como uma atividade imune à ação de outros interesses ou aspectos porque com isso, ele se descontextualiza e, certamente, fica difícil entender por que algumas coisas nele ocorrem.
A desorganização e a evidente falta de seriedade afastam patrocinadores, desestimulam os veículos porque no Brasil, não é possível praticar um calendário que seja efetivamente obedecido, o que torna inviável programar o espetáculo.
O marketing esportivo, tão festejado em outros países, como forma eficiente de promoção do esporte, assume no Brasil, por todos esses motivos, um caráter pejorativo pela visão estreita dos dirigentes ou de muitos profissionais que almejam lograr o publico. Como o negócio do esporte é altamente lucrativo, a mídia brasileira dele se apropria, interferindo, dramaticamente, em sua realização. O torcedor e os atletas são obrigados a se sujeitar a horários inadequados. Outros fatores que penalizam a qualidade da cobertura esportiva precisam ser apontados, como a ausência de estrutura nas redações e a omissão dos veículos e dos cursos de jornalismo na formação de profissionais capacitados na área esportiva. O profissional do jornalismo esportivo é muitas vezes um autodidata, seja pela falta de investimentos dos veículos, seja pela omissão dos cursos de jornalismo e de entidades vinculadas ao esporte.
 reflexão sobreo o texto de Wilson da Costa Bueno

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